quinta-feira, 29 de março de 2012

Campanha pelo primeiro voto, do Movimento Negro de São Pedro da Aldeia.

O Poder da Juventude*

Não adianta só reclamar que São Pedro da Aldeia não tem shows, eventos, opções de lazer, esporte e cultura. Enquanto a juventude não tiver poder de representação (voto) vai ficar sem as oportunidades de 1º emprego, capacitação técnica, internet, tablet e transporte gratuitos. A conta é simples: entre os quase 55 mil eleitores** da cidade, apenas 88 jovens de 16 anos possuem título de eleitor.

Se o jovem não liga para a eleição por que os políticos vão ligar para os jovens? Na política, o poder de voto é diretamente proporcional ao poder de reivindicação. Com apenas três mil eleitores entre 16 a 20 anos os jovens terão pouca força para exigir cultura, esporte, emprego, educação e lazer. É preciso crescer numericamente e, mais do que isso, participar ativamente para multiplicar essa força e garantir que os políticos cumpram um plano de governo que inclua e dê prioridade à juventude, em São Pedro da Aldeia.

Se você tem entre 16 e 18 anos ou vai completar 16 anos até o dia 7 de outubro de 2012, e realmente quer ver bons shows e ter opções de lazer, vá ao TRE*** o mais rápido possível (até dia 9 de maio). Não se esqueça de levar sua carteira de identidade ou certidão de nascimento e um comprovante de residência para tirar, gratuitamente, o seu Título de Eleitor.

E se você quer projetos esportivos, acesso gratuito a internet ou se capacitar para garantir seu primeiro emprego vá para as ruas e faça muito “barulho” nesta eleição. Mostre aos candidatos a prefeito e a vereador o poder da juventude e vote na melhor opção, em 7 de outubro. Só assim você vai ter força para poder conquistar o que deseja.

* Campanha do Movimento de Resgate da Cultura e Consciência Negro de São Pedro da Aldeia pelo 1º voto. mrccnspa@hotmail.com www.mrccnspa.blogspot.com **dados do TRE de novembro de 2011

*** TRE: Rua José Francisco Coelho Pereira, 456 - Centro (perto padaria Pão Art) tel: 2627-6789 Para facilitar seu atendimento no TRE de São Pedro da Aldeia você pode fazer seu pré-atendimento pela Internet em: http://www.tse.jus.br/eleitor/pre-atendimento-eleitoral-titulo-net

sábado, 17 de março de 2012

Heber é um exemplo de afirmação da negritude.

Eu admiro o Heber como exemplo de afirmação da negritude na luta pela igualdade racial.


Este senhor, militar aposentado, pai de família, esposo, avô, devoto de São Jorge. Este sexagenário sempre fez questão de ser NEGRO e respeitado como. Sempre impôs respeito por onde passou, fosse civil ou como militar na Marinha do Brasil.
Sempre se orgulhou de ser negro e ligado aos seus orixás. Fé do qual versa como um mantra.
Rodou o mundo, não como turista, mas como oficial. Um dos locais que mais marcou sua jornada pelas nações foi sua busca por conhecimento de fé no Egito.

Morou na Europa e conheceu o submundo das forças armadas como ninguém. Sempre foi respeitado pelas patentes superiores.

Diz a Lenda que ele sofreu uma tentativa de assalto em uma faixa de pedestres no intervalo de um congresso de negritude no centro do Rio de Janeiro. Na ocasião da abordagem do ladrão, ele teria assoprado para um lado e para o outro, emitido umas palavras encantadas e enfiado vários chutes de capoeira no ladrão, que saiu correndo dizendo que o coroa era o diabo.

Hoje ele é presidente do Movimento Negro do qual faço parte. Me orgulho de sua militância e de firmar fileiras com este homem.
Heber é sinistro! Só convivendo com ele pra entender o que é afirmar-se como negro em uma sociedade RACISTA como a de São Pedro da Aldeia.
fonte: www.blocodoclovis.blogspot.com
fonte: www.serjao.net

quinta-feira, 15 de março de 2012

Os mistérios da "Filha Limpa".

A Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010, sancionada pelo então presidente Lula, também conhecida como "Lei da Ficha Limpa agora é realidade...
Mas...

O que mudou...?

Agora, candidatos que tenham sido condenados por um colegiado de juízes em segunda instância, que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa ou que tenham renunciado ao mandato para tentar escapar da cassação...

Segundo a lei, o político fica inelegível, desde a condenação até oito anos após o cumprimento da pena...
Mas...

O que REALMENTE mudou...?

Tudo depende do ponto de vista...

Aqueles conhecidos candidatos com as "Fichas Sujas" não poderão mais se candidatar até "pagarem" por seus crimes. Ou seja, momentaneamente estamos livres deles...

Mas, lembrando que eles nunca estiveram, estão ou estarão sozinhos, podemos ter certeza que mesmo que estes não venham a se candidatar, seus acessores, parentes, amigos e/ou copartidários de menor expressão política serão apoiados direta ou indiretamente por tais políticos e assim perpetuarão a velha política...
Cabe a você leitor e eleitor ficar atento aos grupos políticos de sua cidade e perceber se o candidato ficha suja que não poderá se candidatar vai estar por trás de alguma candidatura...

Só você mesmo pode mudar o futuro da sua cidade...

Fontes:

www.spadeloucos.blogspot.com


JusBrasil - Lei Ficha Limpa

terça-feira, 19 de julho de 2011

Deputado Robson Leite cria projeto de Lei que institui o DIA DO JONGO

Dia Estadual do Jongo – Filme, Debate e Roda

O Jongo será homenageado pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio no dia 26 de julho, no Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Cultura no Rio. Haverá debates, mostra de cinema, rodas de jongo com grupos de todo o estado e a distribuição de uma cartilha comemorativa.

O deputado Robson Leite, presidente da comissão, fez um projeto de lei que institui o Dia do Jongo em nosso estado exatamente em 26 de julho, uma data que as comunidades jongueiras comemoram em todo o país há pelo menos 150 anos.

Também como parte da comemoração, Robson entregará a medalha Tiradentes, maior comenda do estado, a uma das mais conhecidas jongueiras da Serrinha: Tia Maria, que completará 91 anos em dezembro. fonte: www.blocodoclovis.blogspot.com

quinta-feira, 17 de março de 2011

Atores negros comentam polêmica de Tia Nastácia

Parecer do Conselho Nacional de Educação causa discussão também no meio artístico

Uma polêmica envolve a obra do consagrado escritor de literatura infantil Monteiro Lobato. Um dos seus livros, Caçadas de Pedrinho, está sendo acusado de conter declarações racistas contra a personagem tia Anastácia.

A seguinte descrição te
m sido um dos exemplos de suposto preconceito contra a etnia negra: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou [numa árvore], que nem uma macaca de carvão”.

Com isso, o CNE (Conselho Nacional de Educação) chegou a emitir um parecer em que sugeria a retirada da obra da lista dos livros fornecidos pela Secretarias de Educação para crianças do ensino fundamental.

Alguns artistas negros, que são referência na luta contra a discriminação racial, têm considerado essa atitude exagerada e não concordam com o veto à obra, como é o caso do ator Milton Gonçalves.

- Eu acho bobagem, isso é uma brincadeira com a tia Nastácia. Esse livro foi escrito há 50, 60 anos. Já tivemos maneiras e formas de preconceitos muito mais violentas, grosseiras e discriminatórias do que esta. Deixa o Monteiro Lobato, que brigou pelo petróleo, que escre
veu coisas bonitas... esse foi um escorregão dele ou não.

A atriz Aparecida Petrowky, que viveu a personagem Sandrinha na novela Viver a Vida (Globo), concorda com o veterano ator.

- Na época existia preconceito. O livro foi escrito em um momento. Tem a ver com a situação daquela época. Hoje a realidade é diferente. Acho bobagem querer retirar os livros.

O sociólog
o mineiro Daniel Martins, mestre em ciências sociais pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), defende que os livros sejam impressos com um adendo explicativo, para esclarecer às crianças o contexto em que a obra foi escrita, conforme indicado no parecer no CNE.

- É importante explicar para os estudantes que aquele tipo de expressão era utilizado na época em que o livro foi escrito, que o autor não tinha a intenção de chamar a raça negra de macaca. Se não for acompanhado de uma explicação, a criança pode achar que pode chamar o coleg
a negro de macaco, já que está no livro do Monteiro Lobato.

Ele destaca a importância do amplo debate sobre o assunto.

- Não há censura nenhuma, apenas o cuidado de explicar o livro para quem ainda está em formação e não tem o conhecimento necessário para interpretar a obra sozinha.
Jacyra Sampaio (à dir.) interpretou Tia Nastácia entre 1977 e 1985, em uma das versões do Sítio do Pica-pau Amarelo para a Globo; ao lado dela está a atriz Zilka Salaberry, que vivia Dona Benta - Foto: Divulgação

Entenda o caso

A denúncia de racismo contra o livro Caçadas de Pedrinho foi recebida no CNE, encaminhada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

O CNE, por sua vez, emitiu o parecer 15/2010, que sugeria a exclusão do livro do Programa Nacional Biblioteca na Escola, que distribui livros para as escolas públicas de todo o Brasil, ou a sua utilização com uma espécie de adendo explicativo sobre a questão racial.

Para ter validade, o parecer precisa ser homologado pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura). Em função da polêmica criada em torno do veto à obra de Lobato, o ministro Fernando Haddad devolveu a decisão ao CNE para que seja reconsiderada.

A Câmara de Educação Básica voltou a discutir o assunto na semana passada. Em nota, os conselheiros afirmaram que o colegiado “repudia qualquer forma de censura, discriminação, veto e segregação”.

O tema voltará a ser debatido durante a reunião ordinária de dezembro, marcada para os dias 8 e 9, quando os membros da câmara vão “verificar se existem pontos que possam ter sido eventualmente mal-interpretados quando de sua primeira publicação”, diz a nota.

sábado, 26 de junho de 2010

Movimento Negro reage à aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.

Jorge Américo, De São Paulo, da Radioagência NP O Estatuto da Democracia Racial

O movimento negro classificou a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial como a maior derrota dos últimos 60 anos. O texto final eliminou reivindicações históricas. Entre elas, as cotas nas universidades, serviço público e partidos políticos. A demarcação das terras quilombolas, combatida pelos ruralistas, também foi rejeitada. Foi negada ainda a atenção às doenças com maior incidência entre os negros como a anemia falciforme.

O projeto original foi apresentado em 2003. Depois de sofrer três alterações, foi aprovado mediante acordo firmado entre o autor, senador Paulo Paim (PT), e o relator, senador Demóstenes Torres (DEM). A mediação do acordo foi feita pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Reginaldo Bispo, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU), contesta o texto aprovado, por ele ser autorizativo e não prever verbas que garantam a implementação de políticas públicas.

“Ele realmente se constitui numa camisa de força para o movimento negro e para os avanços da luta do povo negro no Brasil. Este é, rigorosamente, o pior cenário que a gente vivenciou nos últimos 60 anos, desde a lei Afonso Arinos, de 1950. Era preferível que a gente ficasse mais dez anos tentando construir um estatuto, mas que tivesse base popular de interesse da população e que elegesse deputados e senadores para bancar no congresso, do que aceitar essa construção das elites.”

Na véspera da votação, ocorrida na quarta-feira (16), mais de 100 organizações do movimento social e negro enviaram uma carta aberta ao senado. Elas pediram a retirada definitiva do projeto. O objetivo era reiniciar o debate na próxima legislatura.

domingo, 13 de junho de 2010

Educação religiosa, a polêmica continua.

Ensino religioso em nosso paísA Lei de Diretrize e Base da Educação 9394/96 com redação dada pela Lei nº 9475/97 que declara a obrigatoriedade do Ensino Relegioso no Ensino Fundamental. No Art. 33º declara - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

Na constituição brasileira são atribuídos os exercícios sacerdotais apenas três categorias religiosas: O Padre (sacerdote católico), O Rabino ( sacerdote judaico), e O Pastor Protestante (sacerdote da confissão evangélica). Ficando de fora as religiões não cristãs como: Islamismo, Budismo e religiões cristãs que estão fora da classificação de católicos e protestantes como: Kardecismo, Umbandismo, Candoblecismo etc.

Segundo a Constituição Federal promulgada em 05 de outubro de 1988, o Brasil é um país laico, ou seja, que não tem religião oficial, nem sofre influência delas. Porém, temos uma sucessão de erros em nosso país, como por exemplo em prédios públicos, símbolos religiosos como marca protetora dessas instituições. Sendo o Brasil um estado laico como podemos estar discutindo o ensino religioso em nossas escolas? O mais razoável seria discussão mais ampla sobre a luta contra a intolerância religiosa, pois o próprio país é excludente quando só reconhece três grupos religiosos oficialmente.

É no mínimo contraditório. Promover a educação religiosa de quem? Que formação esse profissional deve ter, se o estado Brasileiro só reconhece os cursos de Teologia como seminário e não como licenciatura plena, então... quem irá lecionar essas aulas?

Acredito que essa temática deveria ser realmente tratada com a importância que ela merece, não podemos esquecer que as religiões de matriz africana devem ser respeitadas e, se deixarmos que o estado promova o ensino religioso, nem como cultura poderemos num futuro falar das religiões de matriz africana.

Educação religiosa é de responsabilidade da família. Sendo de outra forma não respeitaremos as religiões.